Primeiro presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) , Euvaldo Lodi, filho de imigrantes italianos, nasceu em 9 de março de 1896, em Ouro Preto, MG, onde se formou como Engenheiro Civil e de Minas, na Escola de Minas e Metalurgia. Trabalhou na construção de estradas, na exploração de minas de ferro e de carvão. Instalou altos fornos em Minas Gerais, fundou a Usina Gortix e a Companhia de Ferro Brasileira, da qual foi presidente por longo período e dirigiu também a Companhia Industrial de Ferro, de Belo Horizonte.
Em 1933 foi eleito representante da Assembleia Constituinte e deputado classista pela indústria, na Câmara Federal, em 1935. Proclamado o Estado Novo e dissolvido o Congresso, Lodi perde seu mandato parlamentar e assume a segunda vice-presidência da Confederação Industrial do Brasil, durante a gestão de Roberto Simonsen. Assim, em agosto de 1938, Euvaldo Lodi e Roberto Simonsen transformam a Confederação Industrial do Brasil em Confederação Nacional da Indústria.
Em 1944 Euvaldo Lodi e João Daudt de Oliveira chefiaram a delegação brasileira à Conferência de Bretton Woods, nos Estados Unidos, objetivando a organização econômica e financeira mundial, depois de efetivada a vitória sobre os países do Eixo. Esta conferência daria impulso à formação do Fundo Monetário Internacional - FMI, e do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento Econômico - BIRD.
Em 1946 participou da delegação brasileira à Conferência de Paz de Paris, que acertou os termos do fim da Segunda Guerra Mundial, foi presidente da Comissão Econômica para a América Latina - CEPAL e membro do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.
Como político, Euvaldo Lodi foi membro da Assembleia Nacional Constituinte, em 1933 e deputado até 1937, quando o presidente Getúlio Vargas decretou o Estado Novo e fechou o Parlamento. Com a redemocratização, em 1945, tornou-se novamente deputado federal, cargo que exerceu até 1954. Lodi também foi presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - FIRJAN por muitos anos e ficou na CNI até 1956, ano em que morreu.